quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

As alianças entre Deus e o homem



O Deus que as Sagradas Escrituras apresenta é um Deus pessoal que, por sua vez, entra em aliança com o homem – obra prima de suas mãos. A Bíblia mostra oito alianças de Deus com os homens: Edênica, Adâmica, Noética, Abraâmica, Sinaítica, Palestínica, Davídica e a Nova Aliança. A obediência é elemento indispensável ao cumprimento da aliança. A desobediência acarreta sérias consequências.
1.       Edênica – Aliança feita no Éden. Através dessa, o homem recebeu inteligência, intuição e capacidade administrativa que lhe proporcionaram condições de reger a criação como responsável por ela. Neste pacto Adão podia comer de todas as árvores, exceto da do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.17) porque no dia em que dela comesse, morreria; devia zelar do Jardim do Éden. Um lindo presente de Deus para com o homem é o livre-arbítrio. A escolha de obedecer ou desobedecer sempre coube ao homem.
Um elemento estranho (Satanás) entrou no estado de inocência no Éden e transtornou a paz e comunhão que ali existia. Eva foi enganada pela serpente, comeu da árvore proibida e deu também a Adão. Como consequência eles perderam a comunhão com Deus, foram expulsos do Jardim, foram trabalhar com dor e cansaço para poder produzir o alimento necessário. Obedecer a Palavra de Deus sempre é a melhor opção!
2.       Adâmica – Aliança feita com Adão. Após a queda, o pecado começou seu funesto curso em prejuízo da humanidade. O sacrifício de animais foi estabelecido como o caminho da redenção humana. Deus sacrificou animais com o fito de restaurar a comunhão perdida pelo homem e, também, como antítipo do Senhor Jesus, quer viria como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
3.       Noética – Aliança firmada com Noé. A corrupção foi tão grande que o juízo de Deus foi desencadeado sobre a terra causando um dilúvio universal. Somente Noé e sua família se salvaram. Com eles Deus estabelece mais uma aliança, prometendo que não mais destruiria a terra com água e como prova deixou o arco-íris como sinal da aliança. Noé construiu um altar e ofereceu sacrifícios ao Senhor continuando assim, o sistema sacrificial exigido como expiação pelo pecado. Deus ordenou que eles se espalhassem pela terra e povoassem-na, porém eles construíram a torre de babel em declarada afronta e desobediência ao Senhor Deus.
4.       Abraâmica – Aliança com Abraão. A graça de Deus é manifestada através da aliança com Abraão. Deus exigiu dele que saísse da sua terra, fosse morar em Canaã. Estabeleceu o pacto da circuncisão; deu-lhe Isaque, filho da promessa e depois o pediu em sacrifício. Esta foi a maior prova de fé imposta a Abraão. Este demonstrou ser obediente e temente a Deus de sorte que passou a ser conhecido como “pai da fé”. O propósito dessa aliança era fazer de Abraão um modelo de fé; pai da nação Judaica e dar à sua descendência a posse da Terra Prometida.
5.       Sinaítica – Aliança com Moisés. Esta aliança não anulou a anterior. O propósito da aliança feita no Sinai era deter as inúmeras transgressões de Israel. A promessa firmada na aliança abraâmica continuaria em pé. O apostolo Paulo disse que a Lei que foi dada quatrocentos e trinta anos depois, não aboliu a promessa (Gl 3.17). A promessa se referia a Cristo – o verdadeiro descendente de Abraão.
6.        Palestínica – Aliança Palestínica. Esta assegura que Israel se converterá a Deus e finalmente sua terra será restaurada. Hoje, muitos judeus vivem longe da sua pátria, mas a promessa da restauração continua de pé. Chegará o dia em que eles estarão em comunhão com Deus novamente.
7.       Davídica – Aliança com Davi. Nesta aliança Deus promete a perpetuidade do trono de Israel aos descendentes de Davi. A descendência natural dele falhou e perdeu o trono, mas a promessa não foi invalidada, pois ela se cumprirá em Cristo – o “Filho de Davi”, que reinará eternamente sobre a casa e trono de Davi.
8.       A Nova Aliança. De uma forma geral a Bíblia se divide em duas alianças principais: a Antiga e a Nova Aliança. Moisés foi o Mediador da Antiga e o Mediador da Nova foi Jesus Cristo. Quando Jesus veio, a aliança Mosaica findou, pois sua vigência era “até que viesse a posteridade” (Gl 3.19) – Cristo. Através da Nova Aliança, todos os que creem em Cristo serão transformados, sejam ou não israelitas, e aceitáveis a Deus.

REFERÊNCIAS:
Bíblia de Estudo Pentecostal, RJ: Editora CPAD, 1995.
OLSON. N. Lawrence. O Plano Divino Através dos Séculos. RJ: CPAD, 2004.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Lendo a Bíblia


Com o início do ano de 2012, comecei mais uma leitura do Livro Sagrado. O meu objetivo é lê-la toda, de Gn a Ap, durante o ano ora iniciado. O método de leitura é ler 3 capítulos por dia e 5 aos domingos.
Gêneses é o livro dos começos de todas as coisas. Ele foi escrito por Moisés, o grande legislador na nação de Israel. Este livro possui 50 capítulos e tem duas divisões principais: os capítulos 1-11 tratam da Origem da História da Humanidade; os capítulos 12-50 tratam da Origem do Povo Hebreu. Foi através desse povo que Deus efetivou o plano da Salvação por Cristo Jesus, visto que Jesus é descendente dos judeus. Ele mesmo disse que a salvação vem dos judeus.
Como o ano de 2012 iniciou num domingo, nossa leitura abrangerá os cinco primeiros capítulos. Os dois primeiros capítulos versam sobre a Origem do Universo e de toda forma de vida nele existente. Vale ressaltar que a Bíblia não tenta provar a existência de Deus, ela parte do pressuposto de que existência dEle é fato consumado. Nos primeiros seis dias da criação, o Criador trouxe a existência a Luz, o Firmamento, a Terra seca, os Luzeiros, os Peixes e as Aves, os Animais e o Homem e no sétimo dia descansou. Esse dia ficou reservado para descanso, culto, adoração e comunhão com Deus.
O capítulo três registra o dia mais funesto da Humanidade, pois nele a serpente (Satanás) conseguiu enganar nossos primeiros pais. Adão e Eva perderam a comunhão com o Criador e tentaram fugir dele. Mas Deus, num ato de infinita misericórdia, preparou vestes de pele de animais para cobrir as vergonhas de nossos pais. Observe que, pelo menos, um animal foi morto para que nossos pais voltassem a ter comunhão com Deus. Claro que das consequências da desobediência eles não se livraram. Deus perdoa o pecado, mas as consequências são inevitáveis. Assim foram expulsos do Jardim do Éden e tiveram que “dar duro” para sobreviver. Contudo este mesmo capítulo registra magistralmente a promessa da vinda do Salvador que viria da “semente da mulher” e esmagaria a cabeça da serpente. Glória a Deus que Jesus veio e cumpriu essa promessa!!!
No capítulo quatro nasce Caim, Abel e Sete. Caim mata Abel e em continuação duas gerações seguem paralelamente: os descendentes de Caim que encabeçaram uma civilização até hoje desviada de Deus; e os descendentes de Sete que representam um remanescente fiel e dependente de Deus. Os setitas representam aqueles que invocam “o nome do Senhor”. O pastor Donald Stamps diz: “Dessa forma, duas descendências totalmente diferentes foram ocupando a terra – a dos justos e a dos ímpios”.(BEP,p.39).
O capítulo cinco lista os descendentes de Adão seguindo a linhagem de Sete até ao dilúvio. Era uma linhagem piedosa vivendo numa era cada vez mais corrupta. Enoque se destaca por ter andado com Deus. Quando o dilúvio chegou, somente a família de Noé foi achada justa diante de Deus. Devemos seguir o exemplo de Enoque e de Noé – andar com Deus e agradar-lhe em tudo. Que em 2012 possamos andar mais perto de Deus e procurar honrá-lo, pois Ele diz: “aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão envilecidos” (1 Sm 2.30).