quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Resumo do livro de Números (Última parte)

3.    Deus prepara uma nova geração para possuir a terra (Capítulos 26 a 36).
Os soldados são contados novamente; Deus anuncia a morte de Moisés e o manda ungir a Josué como seu sucessor; Deus instrui a nova geração a se chegar continuamente a Ele através do sistema sacrificial; ordena também que os midianitas, que levaram Israel a pecarem contra Deus, fossem destruídos; promete vitória à nova geração e os prepara para entrarem na Terra Prometida.
Todos que saíram do Egito, de vinte anos para cima, morreram no deserto. O cap. 26 faz um novo censo contando os de vinte anos para cima que totalizou 601.730 soldados. Estes foram os que entraram na Terra da Promessa.
No cap. 27 o SENHOR determina que, quando um pai de família não tivesse filho varão, a herança poderia ser passada para a filha, isso mostra que Deus sempre valorizou a mulher. Nesse mesmo cap. Deus mostra a Terra Prometida pra Moisés. Ele não pode entrar nela por não glorificar a Deus na presença do povo quando, em vez de falar à rocha, a feriu. Josué é indicado como sucessor de Moisés.
Os capítulos 28,29 mostram que muitos animais eram oferecidos em sacrifícios a Deus para que a comunhão com Ele fosse restaurada e mantida. Esses capítulos mostram a necessidade constante de o homem se aproximar de Deus e que essa aproximação só era possível através dos sacrifícios indicados pelo SENHOR. Hoje o mesmo princípio continua, não mais com sacrifícios de animais, mas pelo sangue de Cristo como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Nossa aproximação se dá através da oração e da adoração diárias. Somente por meio da busca constante da presença de Deus é que recebemos graça e ajuda no momento oportuno.
O cap. 30 de Números discorre sobre voto ou promessa feita a Deus ou a outra pessoa. É melhor não votar do que votar e não pagar. Quanto ao voto da mulher, o pai ou o marido podiam vetar ou confirmar. Se um voto irrefletido fosse feito por uma filha ou por uma esposa, podia ser anulado ou pelo pai, enquanto a moça vivesse com seus pais, ou pelo marido, quando ela fosse casada e Deus a perdoaria. No dia em que o pai ou o marido ouvisse a promessa e se calasse, a promessa estava confirmada, a filha ou esposa devia cumprir o voto. Se pai ou marido ouvisse o voto e se calasse e só depois resolvesse anular, seria responsabilizado diante de Deus. O veto devia ser declarado no dia em que tomasse conhecimento do voto da filha ou da esposa.
No cap. 31 Deus ordena que todos os midianitas fossem mortos, pois eles, por conselho de Balaão, realizaram uma festa regada com idolatria e orgia sexual, ocasionando uma praga que matou 24 mil israelitas. Agora chegou a hora de pagarem o prejuízo causado ao povo de Deus. Deus vela por seu povo. 12 mil soldados israelitas foram à guerra e derrotaram os midianitas, inclusive Balaão que ainda estava por lá e morreu ao fio da espada. O despojo dessa guerra foi: 675.000 ovelhas, 72.000 bois, 61.000 jumentos e 32.000 moças virgens. Todo esse despojo foi trazido para Israel. Deus é peremptoriamente contra idolatria e orgia sexual. Ele é santo e ordena que seu povo seja santo também.
No cap. 32 duas tribos e meia de Israel pedem para ficar com as terras conquistadas antes de passarem o Jordão. Moisés disse que eles teriam a terra pedida se, armados passassem na frente de seus irmãos e fossem ajuda-los à conquistar a terra que ainda faltava. Assim, voltariam e possuiriam a terra. Eles, então, combinaram. As tribos de Ruben, de Gade e a meia tribo de Manassés construíram cidades para suas famílias e currais para suas ovelhas e foram à guerra com seus irmãos. Seria demonstração de egoísmo eles ficarem em casa desfrutando da bênção enquanto seus irmãos estavam levando a efeito a guerra do SENHOR.
Os capítulos 33-36 encerram o livro de Números. No cap. 33 encontramos os locais das partidas e dos acampamentos dos israelitas. Deus ordenou que ao entrarem na Terra da Promessa deveriam expulsar o ímpios cananeus que moravam na terra, pois a medida da iniquidade dos cananeus já estava completa (Gn 15.16). Os povos que Israel não conseguiu expulsar serviram de tropeço para os descendentes de Abraão. No cap. 34 Deus estabelece os limites da terra e os homens que fariam a repartição da mesma.
 No cap. 35 Moisés recebe ordem de separar 48 cidades para os levitas sendo que 6 seriam usadas como cidade de refúgios, para abrigar quem matasse alguém acidentalmente. O acusado de homicídio podia fugir para uma dessas cidades e ficaria sob proteção até ser julgado por um tribunal, se fosse inocente seria liberado, mas se fosse culpado seria executado imediatamente.
 Algumas mulheres, por não terem irmãos, receberam terras como herança. Quando elas fossem casar deviam escolher homens de sua própria tribo, para que a herança ganha não fosse passada para a tribo do seu marido, mas continuasse na tribo delas.
Como acabamos de ver, o livro de Números é composto de narrativa, instrução, leis, ritos religiosos e literatura épica. Ele se constitui num relato fidedigno da famosa migração dos descendentes de Abraão para a terra de Canaã.

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