quinta-feira, 8 de março de 2012

SEGUNDO DISCURSO DE MOISÉS

II.    Segundo discurso: os principais deveres do concerto. (Dt 5-26. Segunda parte).
Esta é a maior parte de Deuteronômio. Este discurso recapitula leis sobre variados assuntos como o sábado, o culto, os pobres, festas, direitos de propriedades, relacionamentos, etc.
No cap. 5 ele faz uma repetição dos Dez Mandamentos. Na época da outorga dos mandamentos o povo ficou com medo e pediu que Moisés falasse com o SENHOR e depois transmitisse para eles. Deus concordou e disse: “Quem dera que eles tivessem tal coração que temessem e guardassem todos os meus mandamentos todos os dias, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos, para sempre”. Dt 5.29.
No cap. 6 Moisés reforça a obediência como o objetivo da Lei. Deus é único e abomina os ídolos. É dever dos pais ensinar a seus filhos a amar a Deus de todo o coração; cuidar do bem-estar espiritual deles e leva-los a um relacionamento real com Deus. No cap. 7 Deus ordena a destruição dos cananeus. Eles tiveram quatro gerações para se converterem e não quiseram. Agora a medida da iniquidade deles estava cheia. Israel foi escolhido não por ser uma grande nação, mas porque Deus o amava. O dever dos israelitas era levar o conhecimento de Deus a todas as nações, porém eles falharam nessa missão.
O cap. 8 mostra que nunca devemos esquecer-nos dos benefícios do SENHOR. Nunca esquecer que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Quando os israelitas tivessem desfrutado das farturas da nova terra deviam louvar a Deus pela boa terra recebida. Este capítulo (v. 18) diz que é Deus quem dava poder para eles alcançarem riquezas e bens. Quando a riqueza provém de fonte honesta, Deus deve ser louvado, mas quando ela é alcançada ilicitamente não pode ser considerada bênção divina.
No cap. 09 Deus diz que eles venceriam todos os gigantes que se colocassem em seu caminho. Eles deviam entender que a vitória não dependia da força própria deles, mas do SENHOR. Moisés os lembra das suas murmurações e infidelidades. A rebelião deles foi a causa de não entrarem na Terra de Canaã. No cap. 10 Moisés conta como preparou outras tabuas nas quais Deus reescreveu as dez palavras. Lembra-os que naquele mesmo tempo a tribo de Levi foi escolhida para levarem o Tabernáculo do SENHOR e servi-lo com dedicação. Exorta-os a serem obedientes a Deus para poderem permanecer na posse da terra.
Dt 11 relata que a nova geração não viu os sinais e muitas das desobediências de seus pais que os levou a morrerem no deserto. Mas, se eles diligentemente obedecerem a Deus e guardarem seus mandamentos teriam prosperidade e possuiriam a terra que manava leite e mel. No cap. 12 um lugar é escolhido como local de adoração ao SENHOR e onde os filhos de Israel se reuniriam para festejarem ao SENHOR e trazerem suas ofertas de gratidão. O cap. 13 retrata o castigo aplicado a falsos profetas e idólatras. No cap. 14 Moisés lista os animais limpos e os impuros e também o dever de trazer todos os dízimos e ofertas para que houvesse mantimento na casa de Deus.
O cap. 15 destaca o dever de Israel cuidar dos pobres e necessitados. A liberalidade protege-nos do egoísmo e do espírito de cobiça. O Novo Testamento ensina também que devemos ter compaixão, bondade e sensibilidade para com os que sofrem privações materiais. No cap. 16 três festas são mencionadas que deveriam ser frequentada por todos os israelitas: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos. Nenhum israelita devia aparecer vazio na presença do SENHOR. No capitulo 17 os idólatras deviam ser castigados; as causas difíceis deviam ser levadas aos sacerdotes, que a julgariam; e, a previsão de que no futuro Israel pediria um rei e qual seria o dever desse rei.
O cap.18 mostra que os levitas não receberiam herança, o SENHOR seria a herança deles; ofertas e dízimos caberiam a eles. O SENHOR proíbe que Israel pratique as abominações que eram comuns entre as nações que seriam expulsas da terra. Um profeta semelhante a Moisés se levantaria. Esse profeta é Jesus de Nazaré. Moisés lembra que eles deveriam escolher seis cidades que serviriam de refúgio para o homicida que matasse alguém acidentalmente. Quem matasse alguém propositalmente seria morto. O preceito “olho por olho” servia para limitar o castigo ao delito cometido.
O cap. 20 de Deuteronômio trata de questões que dizem respeito aos que iam à guerra. O povo foi orientado a não temer, ainda que o exército a ser enfrentado fosse maior e mais forte. Deviam lembrar-se do SENHOR; a guerra era dEle. Quem tivesse edificado uma casa, plantado uma vinha ou casado não devia ir para a guerra porque poderia morrer e outro desfrutaria da sua conquista. As nações que faziam parte do núcleo de Canaã deviam ser totalmente destruídas, porém aquelas que estivessem mais distante tinham direito a uma oferta de paz, se aceitassem seriam vassalos de Israel, se não aceitassem seriam destruídas.
O cap. 21 regulamenta expiação por uma morte cujo autor era desconhecido. Os anciãos da cidade mais próxima do cadáver se reuniriam e confessavam que não mataram tal pessoa e nem viram quem o fez, então a expiação era aceita pelo SENHOR. Orienta, também, como um soldado devia proceder quando estivesse apaixonado por uma prisioneira. A porção dupla para o primogênito é ordenada. O filho rebelde e desobediente devia morrer. Quem fosse pendurado no madeiro seria maldito. Jesus levou essa maldição ao ser crucificado e nos libertou. Louvado seja o nome dEle.
O cap. 22 ordena que os necessitados sejam ajudados; fala sobre as vestes dos homens e das mulheres. Um não deve usar as roupas do outro; uma casa com andar superior devia ter um parapeito para que alguém não caísse de lá e mostra também a valorização da castidade. O SENHOR exigia santidade do seu povo.
O cap. 23 regulamenta quem poderia ou não entrar na casa do SENHOR; a questão de polução noturna e necessidades fisiológicas; amparo aos fugitivos; proíbe a prostituição entre eles; proíbe a usura e ordena que os votos sejam cumpridos. Embora algumas pessoas não pudessem participar do culto no lugar santo escolhido pelo SENHOR, todos eles poderiam ter comunhão com Deus e desfrutar das suas bênçãos. O cap. 24 trata acerca do divórcio, dos penhores, dos ladrões, da lepra e dos empréstimos. Também Deus ordena que os pobres e necessitados deviam ser tratados com respeito e compaixão.
O cap. 25 estabelece a pena de quarenta açoites para aquele que, num julgamento, fosse condenado. Fala, também, sobre a obrigação de um homem casar com a viúva de seu irmão e suscitar-lhe descendência. Deus ordena que os israelitas tenham pesos e medidas justos, pois Deus abomina a injustiça. O capítulo finaliza com a ordem de Deus para que eliminassem a memória de Amaleque de debaixo do céu, haja vista não haver socorrido Israel quando estava com fome e afadigado da viagem, antes lhe saiu ao encontro e matou todos os que vinham cansados na retaguarda do exército.
Deuteronômio 26 mostra que os israelitas deviam ser gratos a Deus por terem sidos redimidos da escravidão de Egito. Essa gratidão devia ser demonstrada através de ofertas, ações de graças, alegria, bondade para com o próximo e obediência aos mandamentos do SENHOR.

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