segunda-feira, 12 de março de 2012

Resumo do Livro de Josué - segunda parte.

III.    Repartição da Terra (13.8-22.34).
O cap. 13 dá inicio à segunda parte do livro de Josué. As resistências organizadas foram vencidas e a terra repousou da guerra, porém algumas porções ficaram sem ser conquistadas. A vitória contra o restante dependia da obediência de Israel aos preceitos do SENHOR. Haja vista a guerra não ser deles, mas do SENHOR. No cap. 14 o fiel companheiro de Josué, Calebe, recebe sua herança. Esta foi prometida a ele por Moisés, 45 anos antes. O crente fiel pode ter certeza que as promessas de Deus são infalíveis.
O cap. 15 descreve a herança que coube à tribo de Judá. Porém os filhos de Judá não destruíram completamente os cananeus que habitavam na terra. Os capítulos 16 e 17 relatam a herança de José. Sabe-se que José não teve uma tribo em seu nome próprio, mas seus dois filhos, Efraim e Manassés, tornaram-se duas tribos distintas. Assim José recebeu porção dupla de terra. Os irmãos de José tudo fizeram para atrapalhar seus sonhos, mas Deus honrou a fidelidade de José.
 As demarcações dessas heranças era a perfeita vontade de Deus para eles. Uma nota triste sobressai nesses relatos: eles usaram o trabalho forçado dos cananeus e o pagamento de impostos para deixa-los morando com eles; observaram que alguns dos cananeus tinham armas de guerra superiores às suas. Trocaram a vontade de Deus pelo dinheiro e pelo conforto, deixaram de confiar em Deus e plantaram as sementes da apostasia generalizada. Pois Deus havia dito que todos os cananeus deviam ser destruídos, visto que o medida da iniquidade deles estava completa. Israel pagou caro por essa desobediência.
O cap. 18 relata que o centro de adoração foi mudado de Gilgal para Siló, quando a conquista estava parcialmente concluída. Josué escolheu alguns homens para fazerem um mapa da terra dividindo-a em sete partes; depois lançou sortes e distribuiu-a entre as tribos que ainda não tinham recebido sua porção da herança. Neste capítulo e no dezenove as tribos de Benjamim, Simeão, Zebulon, Issacar, Aser, Naftali e Dã receberam sua herança.
No cap. 20 temos a escolha das cidades de refúgios, onde uma pessoa que matava alguém acidentalmente poderia se recolher e ficar abrigado até a morte do Sumo Sacerdote. Seis cidades foram escolhidas. No cap. 21, 48 cidades foram doadas aos levitas, pois eles não receberam herança no meio dos israelitas. A terra repousou da guerra e nenhuma palavra que o SENHOR falou caiu por terra; tudo se cumpriu.
O cap.22 conta a história do retorno das duas tribos e meia à terra localizada antes do Jordão. O exército voltou vitorioso e com muitas riquezas, despojos da guerra. Quando chegaram ao Jordão construíram um altar, não para sacrifício, mas como memorial para as gerações futuras, de que eles faziam parte do mesmo povo. Porém, a notícia que chegou ao arraial dos israelitas dizia que os soldados das duas tribos e meia se rebelaram contra o Senhor e construíram um altar para se apartarem da adoração ao único Deus verdadeiro. Uma embaixada foi destacada para saber a verdade. Quando a verdade foi revelada os filhos de Israel se deram por satisfeitos e uma guerra civil foi evitada.
IV.    Mensagens de Despedidas e Morte de Josué (23-24)
No cap. 23 Israel é conclamado a cultivar uma profunda comunhão com o SENHOR e ama-lo devotadamente assim como era amado por Ele. No cap. 24 Josué procura trazer à memoria do povo tudo o que Deus tinha feito por ele. Após, Josué faz um concerto com o povo. Josué disse que eles poderiam escolher a quem quisessem servir, porém ele e sua casa serviriam ao SENHOR. O povo prometeu servir ao Senhor, contudo não muito depois da morte de Josué e seus conselheiros Israel pecou contra o SENHOR e entrou num período de anarquia generalizada. É o que é mostrado no livro de Juízes.

Resumo do Livro de Josué - primeira parte.

Resumo do livro de Josué.
Este livro relata a conquista de Canaã que ocorreu em 1405 a.C, aproximadamente. Josué, autor do livro, foi escolhido como o líder substituto de Moisés na liderança do povo rumo à terra prometida. Este livro pode ser dividido em quatro partes: 1) Preparação para entrar e a entrada na terra prometida (1-5);  2) A conquista da Terra Prometida (6-13.7); 3) A repartição da Terra (13.8-22.34) e 4) Mensagens de despedida de Josué e sua morte (23-24).
I.    Preparação Para Entrar e Entrada na Terra de Canaã (1-5).
O cap. 1 fala da confirmação da chamada de Josué e seu encorajamento diante da grande responsabilidade de substituir Moisés. Mas, Deus prometeu que seria com Josué, assim com fora com Moisés. Josué deveria ter cuidado de ter diante de si o livro da Lei e meditar nele de dia e de noite. Assim teria sucesso e prosperidade. No cap. 2 Josué envia dois espias para observarem Jericó e que foram ajudados por Raabe. Esta os protegeu e providenciou sua fuga para que escapassem da fúria do rei de Jericó. Os espias e Raabe fizeram um acordo, ela não os denunciaria e colocava um cordão vermelho na janela; eles se comprometiam de no dia da invasão proteger Raabe e todos de sua família que estivessem na casa com ela. E, assim foi.
No cap. 3 o povo se santifica e passa o Jordão. As águas do Jordão se abrem e Israel passa a pé enxuto. O cap. 4 mostra que foram feitos dois monumentos de doze pedras cada, um dentro do Jordão e outro, do outro lado do Jordão que serviria de lembrança do grande livramento dado ao povo naquele dia memorável. O povo se acampou próximo de Jericó, que estavam de portas cerradas, ninguém entrava e ninguém saía. Neste acampamento, Josué circuncida todos os que ainda não eram circuncidados e realiza a páscoa (cap.5). Josué recebe a visita do Príncipe do Exército do Senhor, Jesus em sua forma teofânica, isto é, forma humana com a qual ele sempre aparecia no AT.
No cap. 6 Josué recebe do Príncipe do Exército do SENHOR as estratégias para vencer Jericó. Josué obedeceu à risca tudo o que o SENHOR falou e venceu Jericó e salvou Raabe. Porém todo o ouro e prata que existia na cidade eram consagrados ao SENHOR. Os soldados não poderiam tomá-las para si.
II.    A conquista da terra prometida (6.1-13.7)
O cap. 7 mostra que um soldado israelita, juntamente com sua família, cobiçou e escondeu pra si ouro, prata, e uma capa babilônica. Por causa desse incidente Israel foi derrotado diante da cidade de Ai. Josué orou ao SENHOR e o culpado foi descoberto e julgado com sua família. O pecado sempre é um estorvo no caminho dos que almejam chegar ao céu.
No cap. 8 Josué recebe de Deus as diretrizes para vencer a cidade de Ai e sai vitorioso. Após a conquista de Ai, um altar de pedras não lavradas, foi edificado e holocaustos e sacrifícios pacíficos foram oferecidos ao Senhor. No cap. 9 os gibeonitas, usando de engano, disfarçaram-se de moradores distantes da terra de Canaã, quando na realidade moravam entre os que deviam ser destruídos por ordem do SENHOR, e fizeram um acordo com Josué. Este não orou pedindo direção de Deus e assinou, juntamente com os príncipes do Exército, um acordo de que não matariam os gibeonitas. Três dias depois descobriram que eles eram moradores da terra. Não foram mortos, mas se tornaram carregadores de água e rachadores de lenha para a Congregação do SENHOR.
O cap. 10 conta que cinco reis aos saberem que Gibeão tinha feito aliança com Josué, reuniram-se e foram contra a cidade forte de Gibeão para destruí-la, Josué foi comunicado e apressou-se em ajuda-los, naquele dia, pela oração de Josué o sol e a lua pararam e ocorreu o dia mais longo da história. O sol não se pôs até que Josué destruísse todos aqueles reis que vieram contra Gibeão. A terra de Canaã possuía muitas cidades-estados, cada uma com o seu rei próprio. Depois da vitória sobre Gibeão, vários reis se reuniram e mobilizaram um enorme exército para pelejarem contra Josué (cap.11). Josué 11.8 diz: “E o SENHOR os deu na mão de Israel”. A iniquidade dos cananeus era tão horrenda que Deus resolveu destruí-los. O ser humano pode chegar a um ponto tão reprovável que a única solução é a destruição.
No cap. 12 conta a repartição da terra antes do Jordão, entregue a tribo de Rúben, a de Gade e à meia tribo de Manassés. O capítulo relaciona 31 reis que, juntamente com seus súditos, foram destruídos por Josué na batalha.

TERCEIRO DISCURSO DE MOISÉS

III.    Terceiro Discurso: Renovação e Ratificação do Concerto (Dt 27-30).
Obediência ou desobediência acarretariam bênção ou maldição. A escolha pertencia ao povo. A fé aliada à obediência capacitaria os israelitas a herdar as promessas na bênção de Deus.
Deuteronômio 27 e 28 mostram as bênçãos e as maldiçoes decorrentes da obediência ou desobediência aos estatutos do SENHOR. Se eles se afastassem do SENHOR sofreriam castigo, destruição, grande aflição; seriam dispersos e perderiam a posse da terra. Deus não esperava de seu povo uma obediência perfeita, e sim uma obediência sincera e firme. Deus conhecia a tendência para o pecado, por isso estabeleceu o sistema sacrificial para reconciliá-los consigo, mas julgava severamente os desobedientes, rebeldes e os que apostatavam deliberadamente.
Em Deuteronômio 29 Deus renova o concerto com os filhos de Israel. Deus estabeleceu as promessas e compromissos do concerto; aos israelitas cabia aceita-lo com fé obediente. Nós do Novo Testamente devemos sempre renovar nossa aliança com Deus. A Santa Ceia é uma dessas oportunidades de renovação. Deuteronômio 30 mostra que aqueles que forem atingidos pela maldição e se arrependesse alcançariam a misericórdia de Deus. O SENHOR prometeu fazer uma mudança interna nos arrependidos, no coração.
 Em Deuteronômio 31, Josué é nomeado sucessor de Moisés. Deus ordena que todo o povo se reunisse de sete em sete anos e toda a lei devia ser lida na presença do povo. Moisés escreveu um cântico (cap.32) mostrando a verdade de que a existência inteira dos israelitas era resultado da fidelidade e misericórdia de Deus. Assim como Deus conhecia as tendências do povo ao pecado, ele conhece as nossas também. Temos o mesmo compromisso de ler, crer e guardar a Palavra dEle. Caso contrário, sofreremos as consequências.
Deuteronômio 32 relata o cântico de Moisés. Este cântico mostra o perigo que cerca aqueles que têm fartura e é uma profecia sobre o que ia acontecer com o povo depois que entrassem na terra prometida. Teriam abundancia e se esqueceriam do SENHOR. Este perigo ainda hoje ronda os que procuram agradar a Deus. Tempos de conforto e prosperidade são acompanhados da tentação de se esquecer de Deus e não busca-lo em oração, pois há aqueles que só buscam a Deus quando estão em crise.
Deuteronômio 33 descreve a glória de Deus. Nele Moisés abençoa as tribos de Israel e diz que eles são um povo abençoado que habitariam sós e seguros, um povo salvo pelo SENHOR. No cap. 34 Moisés sobe ao monte Nebo, avista a terra e depois morre e é sepultado pelo arcanjo Miguel. Sua sepultura nunca foi descoberta. Josué assume o comando da nação. Deuteronômio termina dizendo que nunca se levantou outro semelhante a Moisés. A continuação da revelação bíblica mostra que Jesus é superior a Moisés. Pois é Ele quem nos conduzirá ao descanso final e eterno.
Jesus usou trechos de Deuteronômio para vencer Satanás na tentação no deserto. Deuteronômio é citado no Novo Testamento por quase cem vezes. Ele é fundamental à revelação trazida pela Nova Aliança.

quinta-feira, 8 de março de 2012

SEGUNDO DISCURSO DE MOISÉS

II.    Segundo discurso: os principais deveres do concerto. (Dt 5-26. Segunda parte).
Esta é a maior parte de Deuteronômio. Este discurso recapitula leis sobre variados assuntos como o sábado, o culto, os pobres, festas, direitos de propriedades, relacionamentos, etc.
No cap. 5 ele faz uma repetição dos Dez Mandamentos. Na época da outorga dos mandamentos o povo ficou com medo e pediu que Moisés falasse com o SENHOR e depois transmitisse para eles. Deus concordou e disse: “Quem dera que eles tivessem tal coração que temessem e guardassem todos os meus mandamentos todos os dias, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos, para sempre”. Dt 5.29.
No cap. 6 Moisés reforça a obediência como o objetivo da Lei. Deus é único e abomina os ídolos. É dever dos pais ensinar a seus filhos a amar a Deus de todo o coração; cuidar do bem-estar espiritual deles e leva-los a um relacionamento real com Deus. No cap. 7 Deus ordena a destruição dos cananeus. Eles tiveram quatro gerações para se converterem e não quiseram. Agora a medida da iniquidade deles estava cheia. Israel foi escolhido não por ser uma grande nação, mas porque Deus o amava. O dever dos israelitas era levar o conhecimento de Deus a todas as nações, porém eles falharam nessa missão.
O cap. 8 mostra que nunca devemos esquecer-nos dos benefícios do SENHOR. Nunca esquecer que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Quando os israelitas tivessem desfrutado das farturas da nova terra deviam louvar a Deus pela boa terra recebida. Este capítulo (v. 18) diz que é Deus quem dava poder para eles alcançarem riquezas e bens. Quando a riqueza provém de fonte honesta, Deus deve ser louvado, mas quando ela é alcançada ilicitamente não pode ser considerada bênção divina.
No cap. 09 Deus diz que eles venceriam todos os gigantes que se colocassem em seu caminho. Eles deviam entender que a vitória não dependia da força própria deles, mas do SENHOR. Moisés os lembra das suas murmurações e infidelidades. A rebelião deles foi a causa de não entrarem na Terra de Canaã. No cap. 10 Moisés conta como preparou outras tabuas nas quais Deus reescreveu as dez palavras. Lembra-os que naquele mesmo tempo a tribo de Levi foi escolhida para levarem o Tabernáculo do SENHOR e servi-lo com dedicação. Exorta-os a serem obedientes a Deus para poderem permanecer na posse da terra.
Dt 11 relata que a nova geração não viu os sinais e muitas das desobediências de seus pais que os levou a morrerem no deserto. Mas, se eles diligentemente obedecerem a Deus e guardarem seus mandamentos teriam prosperidade e possuiriam a terra que manava leite e mel. No cap. 12 um lugar é escolhido como local de adoração ao SENHOR e onde os filhos de Israel se reuniriam para festejarem ao SENHOR e trazerem suas ofertas de gratidão. O cap. 13 retrata o castigo aplicado a falsos profetas e idólatras. No cap. 14 Moisés lista os animais limpos e os impuros e também o dever de trazer todos os dízimos e ofertas para que houvesse mantimento na casa de Deus.
O cap. 15 destaca o dever de Israel cuidar dos pobres e necessitados. A liberalidade protege-nos do egoísmo e do espírito de cobiça. O Novo Testamento ensina também que devemos ter compaixão, bondade e sensibilidade para com os que sofrem privações materiais. No cap. 16 três festas são mencionadas que deveriam ser frequentada por todos os israelitas: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos. Nenhum israelita devia aparecer vazio na presença do SENHOR. No capitulo 17 os idólatras deviam ser castigados; as causas difíceis deviam ser levadas aos sacerdotes, que a julgariam; e, a previsão de que no futuro Israel pediria um rei e qual seria o dever desse rei.
O cap.18 mostra que os levitas não receberiam herança, o SENHOR seria a herança deles; ofertas e dízimos caberiam a eles. O SENHOR proíbe que Israel pratique as abominações que eram comuns entre as nações que seriam expulsas da terra. Um profeta semelhante a Moisés se levantaria. Esse profeta é Jesus de Nazaré. Moisés lembra que eles deveriam escolher seis cidades que serviriam de refúgio para o homicida que matasse alguém acidentalmente. Quem matasse alguém propositalmente seria morto. O preceito “olho por olho” servia para limitar o castigo ao delito cometido.
O cap. 20 de Deuteronômio trata de questões que dizem respeito aos que iam à guerra. O povo foi orientado a não temer, ainda que o exército a ser enfrentado fosse maior e mais forte. Deviam lembrar-se do SENHOR; a guerra era dEle. Quem tivesse edificado uma casa, plantado uma vinha ou casado não devia ir para a guerra porque poderia morrer e outro desfrutaria da sua conquista. As nações que faziam parte do núcleo de Canaã deviam ser totalmente destruídas, porém aquelas que estivessem mais distante tinham direito a uma oferta de paz, se aceitassem seriam vassalos de Israel, se não aceitassem seriam destruídas.
O cap. 21 regulamenta expiação por uma morte cujo autor era desconhecido. Os anciãos da cidade mais próxima do cadáver se reuniriam e confessavam que não mataram tal pessoa e nem viram quem o fez, então a expiação era aceita pelo SENHOR. Orienta, também, como um soldado devia proceder quando estivesse apaixonado por uma prisioneira. A porção dupla para o primogênito é ordenada. O filho rebelde e desobediente devia morrer. Quem fosse pendurado no madeiro seria maldito. Jesus levou essa maldição ao ser crucificado e nos libertou. Louvado seja o nome dEle.
O cap. 22 ordena que os necessitados sejam ajudados; fala sobre as vestes dos homens e das mulheres. Um não deve usar as roupas do outro; uma casa com andar superior devia ter um parapeito para que alguém não caísse de lá e mostra também a valorização da castidade. O SENHOR exigia santidade do seu povo.
O cap. 23 regulamenta quem poderia ou não entrar na casa do SENHOR; a questão de polução noturna e necessidades fisiológicas; amparo aos fugitivos; proíbe a prostituição entre eles; proíbe a usura e ordena que os votos sejam cumpridos. Embora algumas pessoas não pudessem participar do culto no lugar santo escolhido pelo SENHOR, todos eles poderiam ter comunhão com Deus e desfrutar das suas bênçãos. O cap. 24 trata acerca do divórcio, dos penhores, dos ladrões, da lepra e dos empréstimos. Também Deus ordena que os pobres e necessitados deviam ser tratados com respeito e compaixão.
O cap. 25 estabelece a pena de quarenta açoites para aquele que, num julgamento, fosse condenado. Fala, também, sobre a obrigação de um homem casar com a viúva de seu irmão e suscitar-lhe descendência. Deus ordena que os israelitas tenham pesos e medidas justos, pois Deus abomina a injustiça. O capítulo finaliza com a ordem de Deus para que eliminassem a memória de Amaleque de debaixo do céu, haja vista não haver socorrido Israel quando estava com fome e afadigado da viagem, antes lhe saiu ao encontro e matou todos os que vinham cansados na retaguarda do exército.
Deuteronômio 26 mostra que os israelitas deviam ser gratos a Deus por terem sidos redimidos da escravidão de Egito. Essa gratidão devia ser demonstrada através de ofertas, ações de graças, alegria, bondade para com o próximo e obediência aos mandamentos do SENHOR.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Resumo do Livro de Deuteronômio (Primeira Parte)

Deuteronômio foi o quinto livro escrito por Moisés em 1405 a.C. aproximadamente e traz como tema a Renovação do Concerto. Deuteronômio significa “segunda lei”. Ele contém os discursos que Moisés proferiu para a nova geração de israelitas nas campinas de Moabe, próximo ao Jordão, no limiar da Terra Prometida. A peregrinação no deserto chegou ao fim, agora era só se preparar e entrar na Terra de Canaã.
O livro de Números abarca 39 anos, aproximadamente e Deuteronômio apenas um mês, mais ou menos. Com seus discursos Moisés pretendia exortar os israelitas a lembrarem-se dos atos poderosos de Deus e de suas promessas; crer e obedecer a Sua Palavra; dedicar-se a Ele e honrá-lo de todo o coração.
O livro relata três discursos de Moisés. No primeiro ele reconta a história do êxodo e da desobediência do povo, razão porque não entrou na terra há 39 anos. A nova geração é conclamada a temer e obedecer a Deus. No segundo discurso Moisés recapitulou muitas leis do concerto e no terceiro enfatizou bênçãos e maldiçoes decorrentes da obediência ou da desobediência.
I.    Primeiro discurso: Moisés conta a recente história de Israel, Dt 1-4.
A nova geração não tinha presenciado os feitos poderosos do SENHOR no Egito, a páscoa, o milagre do Mar Vermelho e, por isso, precisavam ouvir atentamente os discursos de Moisés recontando a história e preparando-os para os grandes desafios pela frente.
Neste discurso, Moisés relatou a partida deles do Monte Sinai e como foram descrentes em Cades-Barnéia. As jornadas pelo deserto são descritas até chegarem às Planícies de Moabe, onde são exortados a temerem a Deus e obedecer-lhe. Nas planícies de Moabe eles estavam no limiar da Terra Prometida, mas por causa da desobediência, incredulidade e rebelião tiveram que dar voltas no deserto por 39 anos até que todos os murmuradores morressem.
No cap.1 o povo se encontrava no mesmo lugar onde estivera há 39 anos. Naquela época eles murmuraram contra o SENHOR e desejaram voltar para o Egito. As muitas murmurações deles levou Deus a fazê-los peregrinar no deserto, até que toda aquela geração morreu. Agora é uma nova geração que aguarda o cumprimento da promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó. 
Moises conta como escolheu 70 anciãos para ajuda-lo a conduzir o povo; o envio de 12 espias para observarem a terra e trazer do seu fruto e como 10 dos espias trouxeram um relatório pessimista e desanimaram o povo. Apenas Josué e Calebe entregaram uma mensagem otimista. Deus desagradou-se com o povo e mandou voltarem e começarem a peregrinação no deserto, mas no outro dia, o povo queria ir à peleja sem a ajuda de Deus. Temerariamente foram, mas sofreram uma vergonhosa derrota, pois Deus não estava com eles. Sem a presença e ajuda de Deus somos eternos derrotados.
Na caminhada Deus não permitiu Israel guerrear contra os filhos de Esaú (os Edomitas), nem contra os filhos de Ló (moabitas e amonitas), pois as terras deles era o SENHOR que tinha dado. Agora contra Seon, rei de Hesbom, eles lutaram e possuíram suas terras (cap. 2).
Moisés contou como venceu Seon, rei de Hesbom (cap. 2) e no cap. 3 conta como venceu um dos últimos gigantes, Ogue, rei de Basã cuja cama media quatro metros e meio de comprimento por dois de largura aproximadamente. Moisés relata como orou a Deus para que o deixasse entrar na Terra Prometida, mas Deus apenas mostrou, de cima de um monte, toda a terra e disse que ele morreria e Josué, seu sucessor faria o povo entrar na Terra. No cap. 4 o povo é exortado a evitar a idolatria, pois Deus a abomina. Moisés estabelece três cidades de refúgios do lado daquém do rio Jordão.
Moises finaliza o primeiro discurso dizendo: “E guardarás os seus estatutos e os seus mandamentos, que te ordeno hoje, para que bem te vá a ti e a teus filhos depois de ti e para que prolongues os dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá para todo o sempre”. (Dt 4.40).

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Resumo do livro de Números (Última parte)

3.    Deus prepara uma nova geração para possuir a terra (Capítulos 26 a 36).
Os soldados são contados novamente; Deus anuncia a morte de Moisés e o manda ungir a Josué como seu sucessor; Deus instrui a nova geração a se chegar continuamente a Ele através do sistema sacrificial; ordena também que os midianitas, que levaram Israel a pecarem contra Deus, fossem destruídos; promete vitória à nova geração e os prepara para entrarem na Terra Prometida.
Todos que saíram do Egito, de vinte anos para cima, morreram no deserto. O cap. 26 faz um novo censo contando os de vinte anos para cima que totalizou 601.730 soldados. Estes foram os que entraram na Terra da Promessa.
No cap. 27 o SENHOR determina que, quando um pai de família não tivesse filho varão, a herança poderia ser passada para a filha, isso mostra que Deus sempre valorizou a mulher. Nesse mesmo cap. Deus mostra a Terra Prometida pra Moisés. Ele não pode entrar nela por não glorificar a Deus na presença do povo quando, em vez de falar à rocha, a feriu. Josué é indicado como sucessor de Moisés.
Os capítulos 28,29 mostram que muitos animais eram oferecidos em sacrifícios a Deus para que a comunhão com Ele fosse restaurada e mantida. Esses capítulos mostram a necessidade constante de o homem se aproximar de Deus e que essa aproximação só era possível através dos sacrifícios indicados pelo SENHOR. Hoje o mesmo princípio continua, não mais com sacrifícios de animais, mas pelo sangue de Cristo como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Nossa aproximação se dá através da oração e da adoração diárias. Somente por meio da busca constante da presença de Deus é que recebemos graça e ajuda no momento oportuno.
O cap. 30 de Números discorre sobre voto ou promessa feita a Deus ou a outra pessoa. É melhor não votar do que votar e não pagar. Quanto ao voto da mulher, o pai ou o marido podiam vetar ou confirmar. Se um voto irrefletido fosse feito por uma filha ou por uma esposa, podia ser anulado ou pelo pai, enquanto a moça vivesse com seus pais, ou pelo marido, quando ela fosse casada e Deus a perdoaria. No dia em que o pai ou o marido ouvisse a promessa e se calasse, a promessa estava confirmada, a filha ou esposa devia cumprir o voto. Se pai ou marido ouvisse o voto e se calasse e só depois resolvesse anular, seria responsabilizado diante de Deus. O veto devia ser declarado no dia em que tomasse conhecimento do voto da filha ou da esposa.
No cap. 31 Deus ordena que todos os midianitas fossem mortos, pois eles, por conselho de Balaão, realizaram uma festa regada com idolatria e orgia sexual, ocasionando uma praga que matou 24 mil israelitas. Agora chegou a hora de pagarem o prejuízo causado ao povo de Deus. Deus vela por seu povo. 12 mil soldados israelitas foram à guerra e derrotaram os midianitas, inclusive Balaão que ainda estava por lá e morreu ao fio da espada. O despojo dessa guerra foi: 675.000 ovelhas, 72.000 bois, 61.000 jumentos e 32.000 moças virgens. Todo esse despojo foi trazido para Israel. Deus é peremptoriamente contra idolatria e orgia sexual. Ele é santo e ordena que seu povo seja santo também.
No cap. 32 duas tribos e meia de Israel pedem para ficar com as terras conquistadas antes de passarem o Jordão. Moisés disse que eles teriam a terra pedida se, armados passassem na frente de seus irmãos e fossem ajuda-los à conquistar a terra que ainda faltava. Assim, voltariam e possuiriam a terra. Eles, então, combinaram. As tribos de Ruben, de Gade e a meia tribo de Manassés construíram cidades para suas famílias e currais para suas ovelhas e foram à guerra com seus irmãos. Seria demonstração de egoísmo eles ficarem em casa desfrutando da bênção enquanto seus irmãos estavam levando a efeito a guerra do SENHOR.
Os capítulos 33-36 encerram o livro de Números. No cap. 33 encontramos os locais das partidas e dos acampamentos dos israelitas. Deus ordenou que ao entrarem na Terra da Promessa deveriam expulsar o ímpios cananeus que moravam na terra, pois a medida da iniquidade dos cananeus já estava completa (Gn 15.16). Os povos que Israel não conseguiu expulsar serviram de tropeço para os descendentes de Abraão. No cap. 34 Deus estabelece os limites da terra e os homens que fariam a repartição da mesma.
 No cap. 35 Moisés recebe ordem de separar 48 cidades para os levitas sendo que 6 seriam usadas como cidade de refúgios, para abrigar quem matasse alguém acidentalmente. O acusado de homicídio podia fugir para uma dessas cidades e ficaria sob proteção até ser julgado por um tribunal, se fosse inocente seria liberado, mas se fosse culpado seria executado imediatamente.
 Algumas mulheres, por não terem irmãos, receberam terras como herança. Quando elas fossem casar deviam escolher homens de sua própria tribo, para que a herança ganha não fosse passada para a tribo do seu marido, mas continuasse na tribo delas.
Como acabamos de ver, o livro de Números é composto de narrativa, instrução, leis, ritos religiosos e literatura épica. Ele se constitui num relato fidedigno da famosa migração dos descendentes de Abraão para a terra de Canaã.

Resumo do livro de Números (2ª parte)

2. O Povo Perde Sua Herança Por Causa do Pedado e da Incredulidade (Capítulos 11 a 25).
O progresso do povo de Deus ocorre quando há confiança e obediência a Deus e à sua Palavra. Mas Israel foi um povo, na maioria das vezes, infiel, rebelde e ingrato. Houve rebelião generalizada. Miriã e Arão, Coré e sua turma e todo o povo murmuraram e se rebelaram contra o SENHOR que os tirou da casa da servidão com braço forte e mão estendida. Portanto toda aquela geração de vinte anos para cima, que saíram do Egito pereceram no deserto, exceto Josué e Calebe.
 No cap. 11 começa a regressão do povo de Deus. Começam as inúmeras murmurações do povo contra Moisés e Arão. A partir desse ponto o povo se desqualifica para entrar na Terra Prometida. Moises reconhece o peso de conduzir sozinho o povo. Deus o manda escolher setenta homens de boa reputação para ajuda-lo a conduzir o povo. O povo chora querendo carne; Deus mandou muita carne para eles, eles comeram desenfreadamente, de sorte que muitos morreram com a boca cheia de carne. O povo agia como nenês espirituais que precisavam ser carregados no colo.
No cap. 12 Miriã e Arão murmuraram contra Moisés com inveja da autoridade que Deus dera a ele. Como consequência Miriã ficou leprosa. No cap. 13 Moisés envia 12 espias para observarem a terra e trazerem da novidade dela. Foram, observaram, trouxeram do fruto da terra; descobriram que a terra realmente manava leite e mel, porém havia gigantes na terra e as cidades eram muradas até aos céus. Dez dos espias desestimularam o povo, levando-os a desejarem voltar para o Egito. Josué e Calebe encorajaram o povo a continuar. O povo zangou-se e quis apedrejá-los. A glória do Senhor impediu o povo de fazer tal ação.
Deus não aceitou as murmurações, pois o povo tão cedo se esqueceu dos grandes feitos do SENHOR na terra do Egito, no mar vermelho e em toda a caminhada deles. A ira de Deus se acendeu e Ele prometeu que nenhum dos de vinte anos para cima que saíram do Egito entrariam na Terra Prometida, antes morreriam no deserto. E assim foi. O povo passou 40 anos peregrinando no deserto até que todos os murmuradores morressem. No cap. 15 várias leis são repetidas para mostrar aos israelitas que o segredo do sucesso espiritual está na obediência aos preceitos divinos.
O cap. 16 de Números relata a triste rebelião de três levitas ambiciosos por posição e poder. Desafiaram a autoridade espiritual de Moisés e Arão, mas foram castigados por Deus por desrespeitarem a Sua Palavra. A terra se abriu e eles juntamente com suas casas foram tragados vivos e os que os acompanhavam, 250 levitas com incensários, foram carbonizados por um incêndio enviado pelo SENHOR. Muitos revoltados disseram que Moisés tinha matado o povo do SENHOR. Deus se irritou e disse que destruiria todo o povo. Em seguida a praga começou. Moisés orou e mandou Arão pegar seu incensário, colocar incenso e fazer expiação pelo povo. Arão ficou entre os mortos e os vivos. Naquele dia morreram 14.700 israelitas. Não vale a pena se rebelar contra Deus!
No cap. 17 cada príncipe representante de uma tribo devia trazer uma vara e coloca-la perante o SENHOR. Pela tribo de Levi seria a vara de Arão. A vara daquele que o SENHOR escolhesse, floresceria. No outro dia a vara da tribo de Levi havia florescido, brotou renovos e deu amêndoas. Ficou provado que Deus havia escolhido Arão como sumo sacerdote. No cap. 18 os deveres e direitos dos sacerdotes e levitas são estabelecidos. Os dízimos e as ofertas foram dados a Arão e aos levitas como sustento visto que eles não tinham herança entre os filhos de Israel. O SENHOR era a herança deles. O SENHOR continua sendo a maior herança daqueles que recebem a Jesus como Salvador.
O cap. 19 de Números fala sobre a água da separação. O SENHOR ordenou que fosse trazida uma bezerra ruiva sem defeito que seria morta e depois queimada. A cinza dela seria misturada com água e serviria para purificar pessoas, objetos e casas imundos. Quem tocasse num corpo morto, seria imundo sete dias; devia, então, ser purificado ao terceiro e ao sétimo dia para poder ser limpo. A cinza da novilha estava disponível como um meio imediato de purificação. Hebreus 9.13,14 informa que o sangue de Cristo é mais poderoso do que a cinza da bezerra ruiva. E está disponível a todos que se achegarem a Deus por meio de Cristo. A purificação é imediata. Graças a Deus!
No cap. 20, Miriã morre. O povo reclama com falta de água; Deus manda Moisés e Arão falarem a rocha e dela sairia água para o povo e seus animais. A fé de Moisés fracassou e ele, em vez de falar feriu a rocha, com violência, duas vezes. Em Êxodo 17.6 Deus mandou ferir a rocha, mas aqui em Nm 20.8 ele mandou falar e não ferir. Aquela rocha simbolizava Cristo que seria ferido (morto) uma só vez e não duas. Este ato de incredulidade da parte de Moisés o impediu de entrar na Terra Prometida. O capítulo termina com a morte de Arão e o povo lamentando por ela durante trinta dias. Incredulidade e desobediência são métodos incorretos de corresponder à Palavra de Deus.
Os Edomitas, filhos de Esaú, não deixaram os israelitas passarem por sua terra. Os filhos de Israel, então se desviaram deles. Deus os impediu de guerrearem contra seus irmãos. Na mesma trajetória Arade, um rei cananeu, se opôs aos filhos de Israel e foi derrotado. Seguindo viagem, o povo persiste em murmurar; chamaram o maná que Deus enviava de “pão tão vil”; Deus irritou-se e enviou serpentes que picaram o povo e muitos morreram. Deus mandou Moisés fazer uma serpente de metal e todo aquele que era mordido pelas serpentes olhavam para a de metal e sarava. A serpente simboliza Satanás; o veneno é o pecado. Jesus é o remédio. Hoje, quem olhar para Jesus será curado do veneno da serpente (Jo 3.14,15).
O cap. 21 prossegue descrevendo as partidas e paradas do povo rumo à Terra da Promessa. Nessa caminhada dois reis: Seon, rei de Hesbom e Ogue, rei de Basã levantaram-se para impedir que Israel passasse por suas terras. O SENHOR entregou esses dois reis nas mãos de Moisés e deu suas terras aos filhos de Israel. Se o povo fosse obediente ao SENHOR, todos os inimigos deles seriam derrotados.
Os capítulos 22-24 de Números contam a história de um feiticeiro famoso cujo nome era Balaão. Antes de entrar na Terra Prometida, Israel derrotou três reis: Arade, Seon e Ogue e se apossou de suas terras. Essas notícias deixaram Balaque, rei dos moabitas, desesperado. Ele, então, mandou chamar o adivinho Balaão para amaldiçoar o povo de Israel. Os príncipes de Balaque viajaram até o país de Balaão, mas Deus apareceu a ele e disse que não devia ir, pois aquele povo era bendito e ninguém podia amaldiçoa-lo. Balaão despachou os mensageiros de Balaque, mas este continuou enviando mais mensageiros e mais honrados do que os primeiros.
Deus permitiu Balaão ir sob a condição de só falar o que o Deus de Israel dissesse. No caminho o anjo do SENHOR se opôs como adversário de Balaão, pois seu caminho era perverso diante de Deus. Balaão não viu o anjo, mas a jumenta, sim. Por essa razão ela se desviou três vezes da presença do anjo e foi espancada por Balaão que queria mata-la. Deus abriu a boca da jumenta que, falando com voz humana, repreendeu o falso profeta, evitando que ele fosse morto pelo anjo. Sob a mira da espada do anjo, Balaão somente pode abençoar o povo que já era bendito. Isso desagradou Balaque que expulsou Balaão de suas terras.
No entanto, Balaão como estava interessado na grande recompensa oferecida por Balaque, usou de artimanha. Sugeriu a Balaque fizesse uma festa com muita orgia sexual e convidasse os filhos de Israel. Pois ele sabia que se o povo se prostituisse e adorasse falsos deuses seriam desamparados pelo SENHOR, e foi, justamente, o que aconteceu.
 O cap. 25 relata esse triste acontecimento que resultou na morte de 24 mil israelitas. Mas Finéias traspassou com uma lança um israelita e uma moabita que, enquanto todos choravam por causa da praga, entraram numa tenda e foram para a cama.
Com essa ação de Finéias, a praga cessou. Deus mandou Moisés dizer-lhe: “Eis que lhe dou o meu concerto de paz, e ele e a sua semente depois dele terão o concerto do sacerdócio perpetuo; porquanto teve zelo pelo seu Deus e fez propiciação pelos filhos de Israel” (Nm 25.12,13). O zelo de Finéias agradou a Deus. Quem é sinceramente zeloso pela santidade do SENHOR, sempre é recompensado com grandes bênçãos da parte dEle.

Resumo do livro de Números (1ª parte)

Introdução
Este é o quarto livro escrito por Moisés. Recebeu esse nome por causa das várias contagens existentes no livro especialmente as dos capítulos 1 e 26. Ele poderia, também, ser chamado de “Livro das Peregrinações”, ou “Livro das Murmurações”. O livro mostra o porquê do povo não entrar logo na terra prometida. Trata da fé que Deus requer do seu povo, dos castigos e juízos contra a rebelião e como Deus cumpre progressivamente os seus propósitos.
O livro de Números pode ser dividido em três partes principais. Na primeira que vai até o cap. 10.11, Deus prepara o seu povo para herdar a Terra da Promessa. Aqui ocorre a contagem dos soldados de vinte anos para cima e que podiam manusear a espada para a guerra totalizando 603.550 soldados; a organização do acampamento, dos levitas e a santificação do povo. A segunda parte vai até o cap. 25. Nesta parte o povo perde sua herança em decorrência das murmurações, rebelião e incredulidade. A última parte abrange os capítulos 26-36 onde Deus prepara uma nova geração para possuir a Terra Prometida. Daquela geração de israelitas, só Josué e Calebe entraram na Terra da Promessa. Não foi o tamanho inadequado do exercito que os impediu de entrar na terra, mas, sim, o tamanho inadequado da fé deles. Deus não suporta murmurações. O poeta já dizia: “Em vez de murmurares, canta/ Um hino de louvor a Deus/ Jesus quer te dar vida santa/ Qual noiva levar-te p’ra os céus”.

1.    Deus prepara o povo para herdar a terra (cap. 1-10)
O cap. 1 trata do censo de Israel exceto a tribo de Levi. O total chegou a 603.550, somente os homens de vinte anos pra cima prontos para a guerra. Levando em conta mulheres, crianças, adolescentes e idosos a multidão devia passar dos dois milhões de pessoas. Conduzi-los pelo deserto não era tarefa fácil. O cap. 2 mostra a organização das tribos ao lado do Tabernáculo. Os membros de uma tribo não se misturavam com os de outra. Arão pertencia à tribo de Levi e foi pai de quatro filhos, dois dos quais, morreram perante o Senhor. Os filhos de Levi foram: Gerson, os gersonitas; Coate, os coatitas e Merari, os meraritas.
Das gerações de Levi foram escolhidos 8.580, aptos para trabalhar no Santuário. Os coatitas tinham a responsabilidade de levar sobre os ombros todos os utensílios do Tabernáculo: a arca, o altar do incenso, a mesa dos pães, a pia e o altar do holocausto juntamente com os utensílios de cada mobília. Moisés e Arão empacotavam todas as mobílias do Tabernáculo para que não fossem vistas e nem tocadas pelos coatitas, pois quem olhasse ou tocasse nelas morreria. Os gersonitas eram responsáveis por conduzir as cortinas, os véus, as coberturas do Tabernáculo, as cordas, etc. Os meraritas levavam as tábuas, os varais, as colunas e as bases do Santuário. É o que nos informa o cap. 4.
O cap. 5 de Números relata a exclusão dos leprosos e como provar a culpa ou inocência de uma mulher suspeita de adultério. Pela Lei de Moisés, quem tinha fluxo de sangue ou lepra era considerado imundo, cerimonialmente. Por isso devia ficar fora do arraial até que fosse purificado. Quando o marido desconfiava que sua mulher lhe tivesse sido infiel, mas não tinha prova, a mulher era levada ao sacerdote que aplicava nela a seguinte lei: ela devia beber uma água amarga, amaldiçoante que era preparada com pó do chão do Tabernáculo. Se ela fosse culpada seu ventre incharia e sua coxa descairia, contudo se fosse inocente, ficaria livre da acusação e geraria.
O cap. 6 de Números fala da lei do nazireado. Nazireu designava uma pessoa consagrada e dedicada inteiramente ao SENHOR; deixava crescer o cabelo, não podia beber nenhuma bebida com álcool, e nem tocar ou se aproximar de algum corpo morto, nem de pai, nem de mãe, de ninguém. Se isso acontecesse seu voto seria profanado e perderia o tempo dedicado ao nazireado. O capítulo termina com benção sacerdotal impetrada sobre os israelitas.
No cap. 7 os doze príncipes de Israel trazem suas ofertas, cada um num dia. Eles doaram: 6 carros com 12 bois, 12 pratos e 12 bacias de prata, 12 taças de ouro, 12 novilhos para holocausto, 12 carneiros, 12 cordeiros, 12 bodes para expiação do pedado, 24 bois para oferta pacífica, 60 carneiros, 60 bodes, 60 cordeiros. Todos esses animais foram sacrificados ao SENHOR na consagração do altar exceto os 12 bois carreiros. No cap. 8 os levitas são consagrados ao SENHOR em lugar dos primogênitos. Eles foram separados de todas as tribos de Israel para ajudar nos serviços do Tabernáculo.
No cap. 9 ocorre a celebração da Páscoa. Alguns estavam cerimonialmente impuros e não puderam participar dela. Deus ordenou que Moisés fizesse uma segunda Páscoa para que eles pudessem participar. Quem, propositalmente, não participasse da Páscoa, morreria. Este capítulo mostra, também, como Deus guiou o povo de Israel no deserto por 40 anos. De dia numa nuvem que amenizava o calor; à noite, numa coluna de fogo que aquecia e iluminava o caminho. Quando a coluna parava o povo acampava; quando avançava o povo levantava acampamento e caminhava.
No cap. 10 o SENHOR manda fazer duas trombetas de prata que serviriam para convocar a liderança e o povo; ordenava acampar ou levantar acampamento; convocava os soldados para a guerra e era, também, uma forma de pedir e receber ajuda divina nas horas de necessidades. Moisés pede ajuda a seu cunhado no decorrer da peregrinação no deserto. Ele conhecia os melhores locais para acampar. Moisés prometeu que ele seria participante das bênçãos que Deus desse ao seu povo. As portas sempre estiveram abertas para que qualquer pessoa pudesse fazer parte da família de Deus. Que Deus abençoe você e toda a sua família.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A Piedade é um Exercício

O apóstolo Paulo recomendou a Timóteo, seu filho na fé: “Exercita-te a ti mesmo em piedade” (1 Tm 4.7). Piedade é conhecimento de Deus no coração do homem. Ela não significa apenas respeito às coisas sagradas e devoção ela transmite a ideia de reverência e culto. Paulo diz: “Exercita-te”. Ela não é estática, conclama-nos à firmeza e constância na prática do bem. Muitos filósofos a viram como indispensável à alma humana. Confúcio disse que a obediência e a piedade são as raízes da humanidade.
O exercício da piedade é comparado ao exercício dos atletas que se prepavam para uma competição. Eles eram disciplinadíssimos. Para termos uma vida piedosa devemos nos exercitar na Palavra de Deus, nas orações e nas boas obras. Assim fazendo, nunca deixaremos de sentir a doce comunhão com o nosso querido Deus. “...a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir” (1 Tm 4.8).

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Como ter acesso ao único Deus Todo-Poderoso – um resumo do livro de Levítico.

Levítico segue uma progressão dento do Pentateuco – os primeiros cinco livros da Bíblia, escritos por Moisés. Em Gênesis Deus elege Abraão e sua família para receberem o pacto de Deus. Nessa Aliança Deus prometeu que o descendente de Abraão – Jesus – traria salvação ao mundo. Êxodo mostra o caráter legal dessa Aliança e narra a poderosa libertação dos filhos de Abraão do cativeiro egípcio e ensina como deviam cultuar a Deus. Levítico fornece as instruções de como cultuar ao SENHOR, o Deus da Aliança, de forma agradável e eficaz.
 Levítico contém as leis que Deus deu a Moisés durante a permanência de Israel no Monte Sinai. É como se fosse um manual de orientação a sacerdotes e leigos, orientando-os a oferecerem uma adoração aceitável ao SENHOR. Os assuntos principais de levítico são Expiação e a Santificação, que representam o caminho de acesso a Deus. Até o cap. 16 o tema é a Expiação. O restante do livro fala de santificação.
Sem derramamento de sangue não há remissão de pedados (Hb 9.22).
O inocente e puro sangue de Cristo foi entregue na cruz com o fito de remover os nossos pecados e nos reconciliar com Deus. Na Antiga Aliança esse sangue era, temporariamente, representado pelo sangue de animais que eram oferecidos pelos sacerdotes israelitas, objetivando cobrir os pecados dos filhos de Israel em sua peregrinação até que viesse Jesus, como o cordeiro de Deus de tirar (e não cobrir) o pecado da humanidade.
Os capítulos 1-7 apresentam cinco tipos de sacrifícios: holocausto, oferta de cereais, oferta pacífica, oferta pelo pecado e oferta pela culpa. O objetivo dessas ofertas era expressar gratidão a Deus, renovar e aprofundar a comunhão com Ele e também uma forma de pedir perdão. As ofertas eram realmente orações expressas por ações. Algumas ofertas envolvia sacrifício de animais e isso mostrava que o homem é pecaminoso e precisa de purificação por meio do sangue. Hoje não é mais o sangue de animais, mas o sangue de Cristo Jesus.
O cap. 8 trata da consagração de Arão e seus filhos ao ofício sacerdotal. Um novilho e dois carneiros são oferecidos ao SENHOR, as vestes sacerdotais são vestidas em Arão e em seus filhos, seguindo-se, assim, todo um cerimonial ordenado por Deus e realizado por Moisés. A consagração, de Arão e seus filhos, durou sete dias. Nesse período eles não podiam sair da porta da Tenda da Consagração. No oitavo dia Arão ofereceu um bezerro, um carneiro e um bode em expiação pelo pecado dele e do povo. Em consequência, “a glória do SENHOR apareceu a todo o povo” (Lv 9.23).
O ofertante, além da oferta, precisava, também, de um mediador que o ajudasse a se chegar a Deus em adoração. Arão e seus filhos tinham essa missão de aproximar os israelitas a Deus e conduzi-los ao perdão e a salvação. Na Nova Aliança esse ministério sacerdotal é cumprido em Jesus Cristo – o Sumo Sacerdote do crente (Hb 2.17). Todos devem receber Jesus Cristo em seu coração como Salvador e Senhor. Quem assim o faz passa a ter Jesus como seu Sumo Sacerdote.
No capítulo 10 ocorre um fato triste e desagradável. Dois filhos de Arão, Nadabe e Abiú, ofereceram fogo estranho perante o SENHOR, o que não era ordenado. Como resultado, morreram os dois na presença do SENHOR. Levítico 10.8-11 parece sugerir que eles fizeram tal ação sob o efeito de bebida alcoólica. Fica a lição: Qualquer quantidade de bebida embriagante é incompatível com o alto padrão de santidade de Deus. Os que se achegam a Deus devem ser santos em toda maneira de viver.
O cap.11 de Levítico apresenta uma longa lista de animais que podiam ou não ser comidos. Imundo seria tudo aquilo que não tivesse de acordo com a vontade de Deus e sua santidade. Quanto à alimentação o Senhor Jesus deixou claro que não é o alimento que nos torna impuros e sim os maus intentos procedidos do coração. O cap. 12 relata que os fluídos emitidos por ocasião do parto eram impuros. Isso mostra que as crianças nascem com uma natureza inclinada para o pecado e que precisam receber, após a capacidade de discernir entre o certo e o errado, a purificação através de Cristo.
O cap. 13 reporta-se às leis que orientavam os sacerdotes sobre como agir quando uma pessoa e suas vestes de pele eram atingidas pela praga da lepra. Imundícias, doenças e morte não faziam parte do plano original de Deus para o homem. Elas são uma evidência dos efeitos devastadores do pecado na vida do ser humano. O pecado é considerado uma lepra no sentido espiritual que devasta e mutila a alma da pessoa. Somente o Sangue de Jesus Cristo é capaz de solucionar o problema do pecado. A Bíblia diz: “O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 Jo 1.7). 31/01/12.
O cap. 14 de Levítico mostra o cerimonial de purificação de um ex-leproso e como proceder com uma casa que foi atingida pela praga da lepra. O ex-leproso apresentava alguns animais para sacrifício cujo sangue, juntamente com azeite, era usado no processo de purificação. O sangue era posto sobre a orelha direita, polegar da mão direita e polegar do pé direito. Depois fazia o mesmo com o azeite que era colocado em cima do sangue. Primeiro sangue, depois, azeite. Purificação vem antes do poder. A unção só vem depois da purificação. O Espírito Santo não vem sobre imundos.
O sangue simboliza a purificação e o azeite é símbolo do Espírito Santo. Os apóstolos e a igreja primitiva foram batizados com Espírito Santo e com fogo. No dia de pentecostes foi vista línguas como que de fogo sobre a cabeça de cada um deles. O fogo é um elemento purificador. Eles foram primeiro purificados para depois serem cheios do Espírito Santo e saírem a pregar o evangelho. Quando Jesus foi batizado, o Espírito veio sobre ele como pomba e não como fogo, pois Cristo nada tinha que ser purificado, mas os humanos têm, e muito. O pombo não se alimenta de carniça. O Espírito Santo não habita em um coração cheio de imundícia e podridão.
O cap. 15 mostra o interesse de Deus pela saúde, higiene e bem-estar do seu povo. As nações daquela época desconheciam higiene, saneamento, prevenção de doenças infectocontagiosas, etc., mas Deus estabelece tais cuidados com eles. O cap. 16 descreve o dia mais importante do ano judaico. Neste dia o sumo-sacerdote, vestido a rigor, solenemente oferecia sacrifícios por ele e pelo povo. Essa cerimonia apontava para Cristo que apresentaria uma expiação plena e definitiva que removeria definitivamente o pecado.
Sem Santificação Ninguém verá o SENHOR (Hb 12.14).
A partir do cap. 17 a santidade do povo está em foco. Este capítulo proíbe oferecer sacrifícios a ídolos e comer sangue. O v.7 deixa claro que os sacrifícios oferecidos às imagens de escultura são oferecidos aos demônios. Por trás de uma imagem está um espírito maligno recebendo as oferendas e se fazendo passar por Deus. O apóstolo Paulo diz a mesma coisa em 1 Co 10.19,20. O sangue foi dado como preço de resgate para os israelitas, por isso, eles não deviam comê-lo. Ele apontava para o precioso Sangue de Cristo, como o cordeiro imaculado de Deus.
O cap. 18 de Levítico trata de casamentos e uniões ilícitas. Ele proíbe todas as práticas sexuais impuras e ilícitas entre parentes, entre homem e homem e com animais. O sexo com a mulher menstruada também era proibido pela lei, pois o fluxo de sangue era considerado imundo. O cap. 19 repete inúmeras leis e preceitos ordenados ao povo israelita. Algumas dessas leis eram exclusivas dos judeus e outras ainda são aplicáveis hoje. O objetivo de Deus era que o seu povo fosse santo, isto é, separado dos costumes ímpios da sociedade de então e dedicado a Ele com amor e santidade.
Como o leitor pode perceber o tema santidade é constante em todo o livro de Levítico, em especial nos capítulos 17 a 27. Lv 20 lista uma série de práticas abomináveis aos olhos de Deus. Algumas delas recebiam a pena máxima declarada na Lei. Sacrifícios de crianças a ídolos; espiritismo, idolatria; amaldiçoar pai e mãe; incesto, homoxessualismo, bestialismo e etc. Todas essas práticas eram comuns entre os moradores daquelas terras e este era o motivo pelo qual o SENHOR estava expulsando-os da terra e dando-a aos israelitas. Eles não deveriam cometer os mesmos delitos.
Lv 21 mostra o alto padrão moral e espiritual exigido dos dirigentes do povo de Deus. Os sacerdotes deviam ser o exemplo de uma vida santa e agradável ao SENHOR. Um padrão moral relaxado “profanaria o nome do seu Deus”. A Nova Aliança também exige um alto padrão moral e espiritual de seus dirigentes. O apóstolo Paulo deixa esse assunto bem claro em 1 Tm 3.1-7. O sacerdócio do Antigo Testamento apontava para o perfeito ministério sacerdotal de Cristo no Novo Testamento, por isso, devia ser santo.
O cap. 22 mostra que o sacerdote devia tomar todo o cuidado necessário para não profanar a santidade do SENHOR Deus. Se o sacerdote, por algum motivo, estivesse imundo não poderia tocar nas coisas sagradas. Precisava se purificar primeiro. A família imediata dele devia ser santa, também. A responsabilidade do sacerdote era oferecer sacrifícios ao SENHOR e os animais oferecidos deviam ser perfeitos. Todos esses sacrifícios apontavam para o sacrifício perfeito de Jesus. Um sacrifício defeituoso não servia como tipo do de Cristo.
O cap. 23 de Levítico apresenta sete festas ordenadas pelo SENHOR: da Páscoa, dos Pães Asmos, das Primícias, do Pentecostes, das Trombetas, o Dia da Expiação e a dos Tabernáculos. Estas festas simbolizavam a redenção e consagração do povo de Deus e mostravam que os israelitas eram propriedade exclusiva de Deus. Seis dessas festas eram de alegria e uma era de tristeza – o Dia da Expiação. Era um dia de jejum, o único exigido no Antigo Testamento.
O cap. 24 mostra como preparar o azeite de oliveira para as luminárias de sorte que iluminassem o interior do lugar santo. Como preparar, também, os pães da proposição que seriam colocados na mesa própria para eles e que seriam consumidos pelos sacerdotes sete dias depois. Este capítulo relata o apedrejamento do filho de uma israelita por haver amaldiçoado ao SENHOR. O nome do SENHOR não pode ser tomado em vão.
O ano de descanso e o ano do Jubileu são assuntos do cap. 25. Os israelitas deviam semear durante seis anos e no sétimo deixariam a terra descansar. Era chamado o ano sabático. No sexto ano a terra produziria por três anos. O ano do Jubileu ocorria de 50 em 50 anos. Nele todos os escravos seriam libertos, as propriedades vendidas voltavam aos seus primeiros donos, nesse ano a terra não era cultivada. Essa medida impedia que os ricos acumulassem propriedades e riquezas a custa dos pobres.
No cap. 26 Deus observa que por causa da desobediência terá que disciplinar seu povo. Se eles forem obedientes terão proteção e paz na terra. A desobediência sempre atrai maldiçoes. Quem é ingrato para com Deus e rejeita suas bênçãos será castigado com aflições e calamidades. O cap. 27 mostra pessoas e coisas dedicadas ao SENHOR. Se alguém desejasse possuir uma dessas ofertas devia pagar o preço equivalente acrescido de vinte por cento. Quem fizer um voto ou promessa ao SENHOR deve cuidar em cumpri-lo, pois é melhor não votar do que votar e não pagar.
A purificação pelo Sangue de Cristo aliada a uma vida santificada é o único caminho de acesso ao Senhor nosso Deus.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Expiação e Santidade – o Caminho para Deus.

Uma visão panorâmica do livro de Levítico.
Levíticos e Êxodo estão inter-relacionados. O Êxodo se reporta à maneira com os filhos de Jacó foram tirados do Egito, como receberam as leis de Deus e como construíram o Tabernáculo. Levíticos trata das leis sobre os sacrifícios que são os meios estabelecidos por Deus na Antiga Aliança para que o homem se aproximasse dEle. Os sacerdotes e os israelitas, através desse livro, receberam instruções de como se achegar a Deus por meio do sangue expiador e de como viver uma vida santa que agradasse ao Senhor.
Os assuntos principais de Levítico são a Expiação e a Santidade. Expiação tem o significado de “cobrir, prover uma cobertura”. Com a Expiação o pecado do povo era coberto e a ira de Deus contra o pecado, adiada. Essa solução para o pecado era temporária. O sacrifício perfeito realizado por Cristo (Hb 10.12) não cobriu o pecado, antes foi consumado com o objetivo de “tirar o pecado do mundo” (Jo 1.29). O primeiro tema abrange os capítulos 1-16 do livro; o restante do livro trata da santidade (17-27).
Na Antiga Aliança o caminho para Deus era através da Expiação e da Santidade. A Expiação era realizada por meio das ofertas e sacrifícios (1-7); da Intercessão Sacerdotal (caps. 8-10); das Leis da Purificação (11-15) e do Dia da Expiação (cap.16). Todas essas cerimonias apontavam para a obra expiatória realizada por Cristo na cruz do calvário. O Novo Testamento informa que todas as leis cerimoniais da Antiga Aliança eram “sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas” (Hb 10.1; Cl 2.17). O cristão da Nova Aliança está livre dessas obrigações legais e cerimoniais (1 Co 8.8).
Na segunda parte do livro de Levítico destaca-se a tema Santidade. O reiterado mandamento de Deus nessa parte do livro é: “Santos sereis, porque eu, o SENHOR vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2; 20.7,26). Deus apresenta diretrizes ao seu povo convocando-os a uma vida pura e santa. Levítico é um tipo de manual orientando sacerdotes e israelitas a prestarem uma adoração eficaz e aceitável a Deus de acordo com as exigências do concerto entre Deus e o povo.
Levítico nos ensina que:
1)    Sem expiação do pecado não há comunhão com Deus.
2)    O homem é incapaz de salvar-se a si mesmo.
3)    A expiação deve ser de acordo com o plano divino. Nadabe e Abiú pagaram com a vida por não atentarem para o plano de Deus.
4)    O sacrifício para ser aceitável a Deus devia ser bom, limpo e perfeito.
5)    Quem deseja se aproximar de Deus, deve ser santo assim como ele é Santo.
6)    A comunhão com Deus envolve o compromisso da vida total. Todas as áreas da nossa vida devem estar sob o controle soberano de Deus e debaixo de sua influência santificadora.
O povo de Israel devia cumprir sua vocação sacerdotal, vivendo em pureza moral e espiritual, separado de outras nações e obediente a Deus. O crente do Novo Concerto pode perfeitamente viver uma vida em santidade através do precioso sangue de Cristo Jesus derramado em nosso lugar na cruz do calvário.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

As alianças entre Deus e o homem



O Deus que as Sagradas Escrituras apresenta é um Deus pessoal que, por sua vez, entra em aliança com o homem – obra prima de suas mãos. A Bíblia mostra oito alianças de Deus com os homens: Edênica, Adâmica, Noética, Abraâmica, Sinaítica, Palestínica, Davídica e a Nova Aliança. A obediência é elemento indispensável ao cumprimento da aliança. A desobediência acarreta sérias consequências.
1.       Edênica – Aliança feita no Éden. Através dessa, o homem recebeu inteligência, intuição e capacidade administrativa que lhe proporcionaram condições de reger a criação como responsável por ela. Neste pacto Adão podia comer de todas as árvores, exceto da do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.17) porque no dia em que dela comesse, morreria; devia zelar do Jardim do Éden. Um lindo presente de Deus para com o homem é o livre-arbítrio. A escolha de obedecer ou desobedecer sempre coube ao homem.
Um elemento estranho (Satanás) entrou no estado de inocência no Éden e transtornou a paz e comunhão que ali existia. Eva foi enganada pela serpente, comeu da árvore proibida e deu também a Adão. Como consequência eles perderam a comunhão com Deus, foram expulsos do Jardim, foram trabalhar com dor e cansaço para poder produzir o alimento necessário. Obedecer a Palavra de Deus sempre é a melhor opção!
2.       Adâmica – Aliança feita com Adão. Após a queda, o pecado começou seu funesto curso em prejuízo da humanidade. O sacrifício de animais foi estabelecido como o caminho da redenção humana. Deus sacrificou animais com o fito de restaurar a comunhão perdida pelo homem e, também, como antítipo do Senhor Jesus, quer viria como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
3.       Noética – Aliança firmada com Noé. A corrupção foi tão grande que o juízo de Deus foi desencadeado sobre a terra causando um dilúvio universal. Somente Noé e sua família se salvaram. Com eles Deus estabelece mais uma aliança, prometendo que não mais destruiria a terra com água e como prova deixou o arco-íris como sinal da aliança. Noé construiu um altar e ofereceu sacrifícios ao Senhor continuando assim, o sistema sacrificial exigido como expiação pelo pecado. Deus ordenou que eles se espalhassem pela terra e povoassem-na, porém eles construíram a torre de babel em declarada afronta e desobediência ao Senhor Deus.
4.       Abraâmica – Aliança com Abraão. A graça de Deus é manifestada através da aliança com Abraão. Deus exigiu dele que saísse da sua terra, fosse morar em Canaã. Estabeleceu o pacto da circuncisão; deu-lhe Isaque, filho da promessa e depois o pediu em sacrifício. Esta foi a maior prova de fé imposta a Abraão. Este demonstrou ser obediente e temente a Deus de sorte que passou a ser conhecido como “pai da fé”. O propósito dessa aliança era fazer de Abraão um modelo de fé; pai da nação Judaica e dar à sua descendência a posse da Terra Prometida.
5.       Sinaítica – Aliança com Moisés. Esta aliança não anulou a anterior. O propósito da aliança feita no Sinai era deter as inúmeras transgressões de Israel. A promessa firmada na aliança abraâmica continuaria em pé. O apostolo Paulo disse que a Lei que foi dada quatrocentos e trinta anos depois, não aboliu a promessa (Gl 3.17). A promessa se referia a Cristo – o verdadeiro descendente de Abraão.
6.        Palestínica – Aliança Palestínica. Esta assegura que Israel se converterá a Deus e finalmente sua terra será restaurada. Hoje, muitos judeus vivem longe da sua pátria, mas a promessa da restauração continua de pé. Chegará o dia em que eles estarão em comunhão com Deus novamente.
7.       Davídica – Aliança com Davi. Nesta aliança Deus promete a perpetuidade do trono de Israel aos descendentes de Davi. A descendência natural dele falhou e perdeu o trono, mas a promessa não foi invalidada, pois ela se cumprirá em Cristo – o “Filho de Davi”, que reinará eternamente sobre a casa e trono de Davi.
8.       A Nova Aliança. De uma forma geral a Bíblia se divide em duas alianças principais: a Antiga e a Nova Aliança. Moisés foi o Mediador da Antiga e o Mediador da Nova foi Jesus Cristo. Quando Jesus veio, a aliança Mosaica findou, pois sua vigência era “até que viesse a posteridade” (Gl 3.19) – Cristo. Através da Nova Aliança, todos os que creem em Cristo serão transformados, sejam ou não israelitas, e aceitáveis a Deus.

REFERÊNCIAS:
Bíblia de Estudo Pentecostal, RJ: Editora CPAD, 1995.
OLSON. N. Lawrence. O Plano Divino Através dos Séculos. RJ: CPAD, 2004.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Lendo a Bíblia


Com o início do ano de 2012, comecei mais uma leitura do Livro Sagrado. O meu objetivo é lê-la toda, de Gn a Ap, durante o ano ora iniciado. O método de leitura é ler 3 capítulos por dia e 5 aos domingos.
Gêneses é o livro dos começos de todas as coisas. Ele foi escrito por Moisés, o grande legislador na nação de Israel. Este livro possui 50 capítulos e tem duas divisões principais: os capítulos 1-11 tratam da Origem da História da Humanidade; os capítulos 12-50 tratam da Origem do Povo Hebreu. Foi através desse povo que Deus efetivou o plano da Salvação por Cristo Jesus, visto que Jesus é descendente dos judeus. Ele mesmo disse que a salvação vem dos judeus.
Como o ano de 2012 iniciou num domingo, nossa leitura abrangerá os cinco primeiros capítulos. Os dois primeiros capítulos versam sobre a Origem do Universo e de toda forma de vida nele existente. Vale ressaltar que a Bíblia não tenta provar a existência de Deus, ela parte do pressuposto de que existência dEle é fato consumado. Nos primeiros seis dias da criação, o Criador trouxe a existência a Luz, o Firmamento, a Terra seca, os Luzeiros, os Peixes e as Aves, os Animais e o Homem e no sétimo dia descansou. Esse dia ficou reservado para descanso, culto, adoração e comunhão com Deus.
O capítulo três registra o dia mais funesto da Humanidade, pois nele a serpente (Satanás) conseguiu enganar nossos primeiros pais. Adão e Eva perderam a comunhão com o Criador e tentaram fugir dele. Mas Deus, num ato de infinita misericórdia, preparou vestes de pele de animais para cobrir as vergonhas de nossos pais. Observe que, pelo menos, um animal foi morto para que nossos pais voltassem a ter comunhão com Deus. Claro que das consequências da desobediência eles não se livraram. Deus perdoa o pecado, mas as consequências são inevitáveis. Assim foram expulsos do Jardim do Éden e tiveram que “dar duro” para sobreviver. Contudo este mesmo capítulo registra magistralmente a promessa da vinda do Salvador que viria da “semente da mulher” e esmagaria a cabeça da serpente. Glória a Deus que Jesus veio e cumpriu essa promessa!!!
No capítulo quatro nasce Caim, Abel e Sete. Caim mata Abel e em continuação duas gerações seguem paralelamente: os descendentes de Caim que encabeçaram uma civilização até hoje desviada de Deus; e os descendentes de Sete que representam um remanescente fiel e dependente de Deus. Os setitas representam aqueles que invocam “o nome do Senhor”. O pastor Donald Stamps diz: “Dessa forma, duas descendências totalmente diferentes foram ocupando a terra – a dos justos e a dos ímpios”.(BEP,p.39).
O capítulo cinco lista os descendentes de Adão seguindo a linhagem de Sete até ao dilúvio. Era uma linhagem piedosa vivendo numa era cada vez mais corrupta. Enoque se destaca por ter andado com Deus. Quando o dilúvio chegou, somente a família de Noé foi achada justa diante de Deus. Devemos seguir o exemplo de Enoque e de Noé – andar com Deus e agradar-lhe em tudo. Que em 2012 possamos andar mais perto de Deus e procurar honrá-lo, pois Ele diz: “aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão envilecidos” (1 Sm 2.30).