quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Resumo do livro de Números (2ª parte)

2. O Povo Perde Sua Herança Por Causa do Pedado e da Incredulidade (Capítulos 11 a 25).
O progresso do povo de Deus ocorre quando há confiança e obediência a Deus e à sua Palavra. Mas Israel foi um povo, na maioria das vezes, infiel, rebelde e ingrato. Houve rebelião generalizada. Miriã e Arão, Coré e sua turma e todo o povo murmuraram e se rebelaram contra o SENHOR que os tirou da casa da servidão com braço forte e mão estendida. Portanto toda aquela geração de vinte anos para cima, que saíram do Egito pereceram no deserto, exceto Josué e Calebe.
 No cap. 11 começa a regressão do povo de Deus. Começam as inúmeras murmurações do povo contra Moisés e Arão. A partir desse ponto o povo se desqualifica para entrar na Terra Prometida. Moises reconhece o peso de conduzir sozinho o povo. Deus o manda escolher setenta homens de boa reputação para ajuda-lo a conduzir o povo. O povo chora querendo carne; Deus mandou muita carne para eles, eles comeram desenfreadamente, de sorte que muitos morreram com a boca cheia de carne. O povo agia como nenês espirituais que precisavam ser carregados no colo.
No cap. 12 Miriã e Arão murmuraram contra Moisés com inveja da autoridade que Deus dera a ele. Como consequência Miriã ficou leprosa. No cap. 13 Moisés envia 12 espias para observarem a terra e trazerem da novidade dela. Foram, observaram, trouxeram do fruto da terra; descobriram que a terra realmente manava leite e mel, porém havia gigantes na terra e as cidades eram muradas até aos céus. Dez dos espias desestimularam o povo, levando-os a desejarem voltar para o Egito. Josué e Calebe encorajaram o povo a continuar. O povo zangou-se e quis apedrejá-los. A glória do Senhor impediu o povo de fazer tal ação.
Deus não aceitou as murmurações, pois o povo tão cedo se esqueceu dos grandes feitos do SENHOR na terra do Egito, no mar vermelho e em toda a caminhada deles. A ira de Deus se acendeu e Ele prometeu que nenhum dos de vinte anos para cima que saíram do Egito entrariam na Terra Prometida, antes morreriam no deserto. E assim foi. O povo passou 40 anos peregrinando no deserto até que todos os murmuradores morressem. No cap. 15 várias leis são repetidas para mostrar aos israelitas que o segredo do sucesso espiritual está na obediência aos preceitos divinos.
O cap. 16 de Números relata a triste rebelião de três levitas ambiciosos por posição e poder. Desafiaram a autoridade espiritual de Moisés e Arão, mas foram castigados por Deus por desrespeitarem a Sua Palavra. A terra se abriu e eles juntamente com suas casas foram tragados vivos e os que os acompanhavam, 250 levitas com incensários, foram carbonizados por um incêndio enviado pelo SENHOR. Muitos revoltados disseram que Moisés tinha matado o povo do SENHOR. Deus se irritou e disse que destruiria todo o povo. Em seguida a praga começou. Moisés orou e mandou Arão pegar seu incensário, colocar incenso e fazer expiação pelo povo. Arão ficou entre os mortos e os vivos. Naquele dia morreram 14.700 israelitas. Não vale a pena se rebelar contra Deus!
No cap. 17 cada príncipe representante de uma tribo devia trazer uma vara e coloca-la perante o SENHOR. Pela tribo de Levi seria a vara de Arão. A vara daquele que o SENHOR escolhesse, floresceria. No outro dia a vara da tribo de Levi havia florescido, brotou renovos e deu amêndoas. Ficou provado que Deus havia escolhido Arão como sumo sacerdote. No cap. 18 os deveres e direitos dos sacerdotes e levitas são estabelecidos. Os dízimos e as ofertas foram dados a Arão e aos levitas como sustento visto que eles não tinham herança entre os filhos de Israel. O SENHOR era a herança deles. O SENHOR continua sendo a maior herança daqueles que recebem a Jesus como Salvador.
O cap. 19 de Números fala sobre a água da separação. O SENHOR ordenou que fosse trazida uma bezerra ruiva sem defeito que seria morta e depois queimada. A cinza dela seria misturada com água e serviria para purificar pessoas, objetos e casas imundos. Quem tocasse num corpo morto, seria imundo sete dias; devia, então, ser purificado ao terceiro e ao sétimo dia para poder ser limpo. A cinza da novilha estava disponível como um meio imediato de purificação. Hebreus 9.13,14 informa que o sangue de Cristo é mais poderoso do que a cinza da bezerra ruiva. E está disponível a todos que se achegarem a Deus por meio de Cristo. A purificação é imediata. Graças a Deus!
No cap. 20, Miriã morre. O povo reclama com falta de água; Deus manda Moisés e Arão falarem a rocha e dela sairia água para o povo e seus animais. A fé de Moisés fracassou e ele, em vez de falar feriu a rocha, com violência, duas vezes. Em Êxodo 17.6 Deus mandou ferir a rocha, mas aqui em Nm 20.8 ele mandou falar e não ferir. Aquela rocha simbolizava Cristo que seria ferido (morto) uma só vez e não duas. Este ato de incredulidade da parte de Moisés o impediu de entrar na Terra Prometida. O capítulo termina com a morte de Arão e o povo lamentando por ela durante trinta dias. Incredulidade e desobediência são métodos incorretos de corresponder à Palavra de Deus.
Os Edomitas, filhos de Esaú, não deixaram os israelitas passarem por sua terra. Os filhos de Israel, então se desviaram deles. Deus os impediu de guerrearem contra seus irmãos. Na mesma trajetória Arade, um rei cananeu, se opôs aos filhos de Israel e foi derrotado. Seguindo viagem, o povo persiste em murmurar; chamaram o maná que Deus enviava de “pão tão vil”; Deus irritou-se e enviou serpentes que picaram o povo e muitos morreram. Deus mandou Moisés fazer uma serpente de metal e todo aquele que era mordido pelas serpentes olhavam para a de metal e sarava. A serpente simboliza Satanás; o veneno é o pecado. Jesus é o remédio. Hoje, quem olhar para Jesus será curado do veneno da serpente (Jo 3.14,15).
O cap. 21 prossegue descrevendo as partidas e paradas do povo rumo à Terra da Promessa. Nessa caminhada dois reis: Seon, rei de Hesbom e Ogue, rei de Basã levantaram-se para impedir que Israel passasse por suas terras. O SENHOR entregou esses dois reis nas mãos de Moisés e deu suas terras aos filhos de Israel. Se o povo fosse obediente ao SENHOR, todos os inimigos deles seriam derrotados.
Os capítulos 22-24 de Números contam a história de um feiticeiro famoso cujo nome era Balaão. Antes de entrar na Terra Prometida, Israel derrotou três reis: Arade, Seon e Ogue e se apossou de suas terras. Essas notícias deixaram Balaque, rei dos moabitas, desesperado. Ele, então, mandou chamar o adivinho Balaão para amaldiçoar o povo de Israel. Os príncipes de Balaque viajaram até o país de Balaão, mas Deus apareceu a ele e disse que não devia ir, pois aquele povo era bendito e ninguém podia amaldiçoa-lo. Balaão despachou os mensageiros de Balaque, mas este continuou enviando mais mensageiros e mais honrados do que os primeiros.
Deus permitiu Balaão ir sob a condição de só falar o que o Deus de Israel dissesse. No caminho o anjo do SENHOR se opôs como adversário de Balaão, pois seu caminho era perverso diante de Deus. Balaão não viu o anjo, mas a jumenta, sim. Por essa razão ela se desviou três vezes da presença do anjo e foi espancada por Balaão que queria mata-la. Deus abriu a boca da jumenta que, falando com voz humana, repreendeu o falso profeta, evitando que ele fosse morto pelo anjo. Sob a mira da espada do anjo, Balaão somente pode abençoar o povo que já era bendito. Isso desagradou Balaque que expulsou Balaão de suas terras.
No entanto, Balaão como estava interessado na grande recompensa oferecida por Balaque, usou de artimanha. Sugeriu a Balaque fizesse uma festa com muita orgia sexual e convidasse os filhos de Israel. Pois ele sabia que se o povo se prostituisse e adorasse falsos deuses seriam desamparados pelo SENHOR, e foi, justamente, o que aconteceu.
 O cap. 25 relata esse triste acontecimento que resultou na morte de 24 mil israelitas. Mas Finéias traspassou com uma lança um israelita e uma moabita que, enquanto todos choravam por causa da praga, entraram numa tenda e foram para a cama.
Com essa ação de Finéias, a praga cessou. Deus mandou Moisés dizer-lhe: “Eis que lhe dou o meu concerto de paz, e ele e a sua semente depois dele terão o concerto do sacerdócio perpetuo; porquanto teve zelo pelo seu Deus e fez propiciação pelos filhos de Israel” (Nm 25.12,13). O zelo de Finéias agradou a Deus. Quem é sinceramente zeloso pela santidade do SENHOR, sempre é recompensado com grandes bênçãos da parte dEle.

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